Sim, esse post é uma espécie de desabafo. Depois de uma janeiro conturbado, poder escrever algumas palavras em uma página do Word alivia o meu coração. A verdade é que janeiro chegou com força e com uma dose de maldade por aqui. Foram dias dentro de um hospital por conta de um problema de saúde do meu pai. Até aí tudo bem, o problema começou ao ver que os dias no hospital estavam resultando no oposto do que se espera quando alguém procura ajuda médica. Ele só piorou. Foi preciso viajar mais de 5 horas até outra cidade para começar a ouvir boletins médicos melhores.
Felizmente agora as coisas estão caminhando para um lado mais tranquilo, mas toda essa situação me fez refletir bastante sobre a real situação de muitas pessoas pelo país todo. São hospitais praticamente sem condições de atender pacientes, e quem não consegue e/ou não tem condições de ser transferido acaba precisando contar só com a sorte. Mas afinal, não somos todos iguais?
O coração aperta ao ver tanta gente piorando enquanto espera uma vaga na UTI, ao ver a falta de especialistas e ao ver também a falta de vontade. Quem chega em um hospital não é só mais um número, é uma vida! E parece que esse conhecimento é descartado.
Viajar quilômetros atrás de uma ambulância na madrugada não estava nos meus planos desse ano. Ver alguém tão especial sofrendo também não. Mas meu pedido de início de ano foi a oportunidade de começar a perceber as coisas ao meu redor de uma forma diferente, e se essa foi a forma que o universo encontrou de me mostrar isso, só me resta enfrentar.
Já dizia Dalai Lama: “o período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período mais difícil da vida de alguém”.
As coisas estão difíceis, mas sou do time que acredita que tudo acontece por algum motivo. Hoje a pessoa que me colocou nesse mundo está há quilômetros de mim, mas ouvir que ele melhora a cada dia já faz meu coração se encher de gratidão.
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